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quarta-feira, 17 de março de 2010

A Narrativa

A Narrativa de Ficção ou Narração
A narrativa de ficção é construída, elaborada de modo a emocionar, impressionar as pessoas como se fossem reais. Quando você lê um romance, novela ou conto, por exemplo, sabe que aquela história foi inventada por alguém e está sendo vivida de mentira por personagens fictícios. No entanto, você chora ou ri, torce pelo herói, prende a respiração no memento de suspense, fica satisfeito quando tudo acaba bem. A história foi narrada de modo a ser vivida por você. Suas emoções não deixam de existir só porque aquilo é ficção, é invenção. No "mundo da ficção" a realidade interna e mais ampla que a realidade externa, concreta, que conhecemos. Através da ficção podemos, por exemplo, nos transportar para um mundo futuro, no qual certas situações que hoje podem nos parecer absurdas, são perfeitamente aceitas como verdadeiras.
A narração consiste em arranjar uma seqüência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.
O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.
Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:
Esquematizando temos:
- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.
Protagonistas e Antagonistas
A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a importância dos personagens na construção do texto é evidente.
Podemos dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.

Narração e Narratividade
Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias o tempo todo.
Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito.
Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narração.

Os Elementos da Narrativa
Os elementos que compõem a narrativa são:
- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador- personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.

Narrador e o Foco Narrativo
O narrador é elemento fundamental para o sucesso do texto, pois esse é o dono da voz, o que conta os fatos e seu desenvolvimento. Atua como intermediário entre a ação narrada e o leitor.
O narrador assume uma posição em relação ao fato narrado (foco narrativo), o seu ponto de vista constitui a perspectiva a partir da qual o narrador conta a história.

O foco narrativo em 1ª pessoa
Na narração em 1ª pessoa o narrador é um dos personagens, protagonista ou secundário. Nesse caso ele apresenta aquilo que presencia ao participar dos acontecimentos. Dessa forma, nem tudo aquilo que o narrador afirma refere-se à “verdade”, pois ele tem sua própria visão acerca dos fatos; sendo assim expressa sua opinião.

Foco narrativo em 3ª pessoa
Na narração em 3ª pessoa o narrador é onisciente. Nos oferece uma visão distanciada da narrativa; além de dispor de inúmeras informações que o narrador em 1ª pessoa não oferece.
Nesse tipo de narrativa os sentimentos, as idéias, os pensamentos, as intenções, os desejos dos personagens são informados graças à onisciência do narrador que é chamado de narrador observador.

O ENREDO
O enredo é a estrutura da narrativa, o desenrolar dos acontecimentos gera um conflito que por sua vez é o responsável pela tensão da narrativa.

OS PERSONAGENS
Os personagens são aqueles que participam da narrativa, podem ser reais ou imaginários, ou a personificação de elementos da natureza, idéias, etc.
Dependendo de sua importância na trama os personagens podem ser principais ou secundários.
Há personagem que apresenta personalidade e/ou comportamento de forma evidente, comuns em novelas e filmes, tornando-se personagem caricatural.

O ESPAÇO
O espaço onde transcorrem as ações, onde os personagens se movimentam auxilia na caracterização dos personagens, pois pode interagir com eles ou por eles ser transformado.

O TEMPO
A duração das ações apresentadas numa narrativa caracteriza o tempo (horas, dias, anos, assim como a noção de passado, presente e futuro).
O tempo pode ser cronológico, fatos apresentados na ordem dos acontecimentos, ou psicológico, tempo pertencente ao mundo interior do personagem.
Quando lidamos com o tempo psicológico a técnica do flashback é bastante explorada, uma vez que a narrativa volta no tempo por meio das recordações do narrador.

Concluindo
Ao produzir uma narração o escritor deve estar atento à todas as etapas. Dando ênfase ao elemento que se quer destacar. Uma boa dica é: observar os bons romancistas e contistas, voltando a atenção para seus roteiros, na forma como trabalham os elementos em suas narrativas.

Tipos de Narração
Sabemos que o ato de contar histórias remonta ao passado. Antigamente as pessoas tinham o hábito de sentar-se à beira de suas casas nos momentos de descanso e relatar fatos acontecidos, muitas vezes ficcionais, e isso ia passando de geração para geração.
Quem de nós não conhece a história do Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida e tantos outros clássicos da literatura?
Por mais que o advento da tecnologia tenha desencantado essa magia e, de certa forma, promovido o afastamento entre as pessoas, existem variadas formas de narrativas, sejam elas orais, escritas, visuais ou encenadas, como é o caso do teatro.
Seja qual for a modalidade, o texto narrativo dispõe-se de certos elementos primordiais, que são: tempo, espaço, personagens, narrador e enredo.
E para conhecermos um pouco mais sobre os diversos tipos de narrativa, devemos saber que elas se subdividem em: Romance, Novela, Conto, Crônica e Fábula. Por isso, estudaremos as mesmas passo a passo:

Romance: É uma narrativa sobre um acontecimento ficcional no qual são representados aspectos da vida pessoal, familiar ou social de uma ou várias personagens. Gira em torno de vários conflitos, sendo um principal e os demais secundários, formando assim o enredo.

Novela: Assim como o romance, a novela comporta vários personagens, sendo que o desenrolar do enredo acontece numa sequência temporal bem marcada. Atualmente, a novela televisiva tem o objetivo de nos entreter, bem como de nos seduzir com o desenrolar dos acontecimentos, pois a maioria foca assuntos relacionados à vida cotidiana.

Conto: É uma narrativa mais curta, densa, com poucos personagens, e apresenta um só conflito, sendo que o espaço e o tempo também são reduzidos.

Crônica: Também fazendo parte do gênero literário, a crônica é um texto mais informal que trabalha aspectos da vida cotidiana, muitas vezes num tom muito “sutil” o cronista faz uma espécie de denúncia contra os problemas sociais através do poder da linguagem.

Fábula: Geralmente composta por personagens representados na figura de animais, é de caráter pedagógico, pois transmite noções de cunho moral e ético. Quando são representadas por personagens inanimados, recebe o nome de Apólogo, mas a intenção é a mesma da fábula.
Poema é uma obra literária que é apresentada no formato de versos.
Um poema pode ser a respeito de vários temas, porém os mais comuns são: amor, valorização da natureza, tema épico, feito heróico, etc.
Obra em verso. Composição poética de certa extensão, com enredo
Na narração, existem três formas de citar a fala (discurso) dos personagens: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.
Discurso direto: Por meio do discurso direto, reproduzem-se literalmente as palavras do personagem. Esse tipo de citação é muito interessante, pois serve como uma espécie de comprovação figurativa (concreta) daquilo que acabou de ser exposto (ou que ainda vai ser) pelo narrador. É como se o personagem surgisse, por meio de suas palavras, aos olhos do leitor, comprovando os dados relatados imparcialmente pelo narrador. O recurso gráfico utilizado para atribuir a autoria da fala a outrem, que não o produtor do texto, são as aspas ou o travessão. O discurso direto pode ser transcrito:
a) Após dois-pontos, sem verbo dicendi (utilizado para introduzir discursos)
E, para o promotor, o processo não vem correndo como deveria: “Às vezes sinto morosidade por parte do juiz”.
*Utilizando-se o sinal de dois-pontos, o ponto final deve sempre ficar fora das aspas, tendo em vista que encerra todo o período (de E… até juiz).
b) Após dois-pontos, com verbo dicendi (evitável)
E o promotor disse: “Às vezes sinto morosidade por parte do juiz”.
c) Após dois-pontos, com travessão:
E Carlos, indignado, gritou:
- Onde estão todos???
d) Após ponto, sem verbo dicendi
E, para o promotor, o processo não vem correndo como deveria. “Às vezes sinto morosidade por parte do juiz.”
* O ponto final ficou dentro das aspas pois encerrou somente o período correspondente à fala do entrevistado (personagem).
e) Após ponto, com verbo dicendi após a citação
E, para o promotor, o processo não vem correndo como deveria. “Às vezes sinto morosidade por parte do juiz”, declarou.
f) Integrado com a narração, sem sinal de pontuação
E, para o promotor, o processo não vem correndo como deveria, porque “Às vezes se nota morosidade por parte do juiz”.
Discurso indireto: Por meio do discurso indireto, a fala do personagem é filtrada pela do narrador (você, no caso). Não mais há a transcrição literal do que o personagem falou, mas a transcrição subordinada à fala de quem escreve o texto. No discurso indireto, utiliza-se, após o verbo dicendi, a oração subordinada (uma oração que depende da sua oração) introduzida, geralmente, pelas conjunções que e se, que podem estar elípticas (escondidas).
Exemplos:
Fala do personagem: Eu não quero mais trabalhar.
Discurso indireto: Pedro disse que não queria mais trabalhar.
Fala do personagem: Eu não roubei nada deste lugar.
Discurso indireto: O acusado declarou à imprensa que não tinha roubado nada daquele lugar.
Você notou que, na transcrição indireta do discurso, há modificações em algumas estruturas gramaticais, como no tempo verbal (quero, queria; roubei, tinha roubado), nos pronomes (deste, daquele), etc. Confira a tabela de transposição do discurso direto para o indireto:
DIRETO - Enunciado em primeira ou em segunda pessoa: “Eu não confio mais na Justiça”; ” Delegado, o senhor vai me prender?”
INDIRETO – Enunciado em terceira pessoa: O detento disse que (ele) não confiava mais na Justiça; Logo depois, perguntou ao delegado se (ele) iria prendê-lo.
DIRETO – Verbo no presente: “Eu não confio mais na Justiça”
INDIRETO – Verbo no pretérito imperfeito do indicativo: O detento disse que não confiava mais na Justiça.
DIRETO – Verbo no pretérito perfeito: “Eu não roubei nada”
INDIRETO – Verbo no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo ou no pretérito mais-que-perfeito: O acusado defendeu-se, dizendo que não tinha roubado (que não roubara) nada
DIRETO – Verbo no futuro do presente: “Faremos justiça de qualquer maneira”
INDIRETO – Verbo no futuro do pretérito: Declararam que fariam justiça de qualquer maneira.
DIRETO – Verbo no imperativo: “Saia da delegacia”, disse o delegado ao promotor.
INDIRETO – Verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo: O delegado ordenou ao promotor que saísse da delegacia.
DIRETO – Pronomes este, esta, isto, esse, essa, isso: “A esta hora não responderei nada”
INDIRETO – Pronomes aquele, aquela, aquilo: O gerente da empresa tentou justificar-se, dizendo que àquela hora não responderia nada à imprensa.
DIRETO – Advérbio aqui: “Daqui eu não saio tão cedo”
INDIRETO – Advérbio ali: O grevista certificou os policiais de que dali não sairia tão cedo..
Discurso indireto livre: Esse tipo de citação exige muita atenção do leitor, porque a fala do personagem não é destacada pelas aspas, nem introduzida por verbo dicendi ou travessão. A fala surge de repente, no meio da narração, como se fossem palavras do narrador. Mas, na verdade, são as palavras do personagem, que surgem como atrevidas, sem avisar a ninguém.
Exemplo: Carolina já não sabia o que fazer. Estava desesperada, com a fome encarrapitada. Que fome! Que faço? Mas parecia que uma luz existia…
A fala da personagem – em negrito, para que você possa enxergá-la – não foi destacada. Cabe ao leitor atento a sua identificação.


O FLASHBACK LITERÁRIO
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Estudos Literários
Flashback (também chamado de analepsis; plural, analepses) é uma interrupção na sequência temporal de um filme, narrativa ou peça de teatro, que leva a narrativa de volta no tempo a partir do ponto em que a história chegou, a fim de apresentar o relato de eventos passados. Realiza-se da seguinte maneira: a ação do presente é interrompida de forma instantânea e uma cena anterior é mostrada ao espectador ou leitor. A técnica é usada para criar um suspense ou um efeito dramático mais forte na história, ou ainda, para desenvolver um personagem.
A série de televisão Lost é particularmente conhecida pelo uso excessivo de flashbacks em quase todos os episódios. Cada episódio se concentra em um único personagem e seus conflitos na ilha que se relacionam, por meio do flashback, com seus conflitos antes dele chegar à ilha.
Muitos autores têm apresentado o flashback com inovações, como o escritor americano, William Faulkner (1897-1962) que faz o flashback dentro de outro flashback, voltando a dois planos narrativos do passado.
Machado de Assis, no seu romance Memória Póstumas de Brás Cubas, narra uma história de trás para diante. Começa com a morte da personagem contada por ela mesma. Por meio do Flashback, a narrativa vai se refazendo para o passado, com os dados das personagens que vão surgindo. O romance se fecha por onde começou com a morte da personagem. É o chamado romance fechado em círculo:
"Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, de que uma ideia grandiosa e útil, a causa de minha morte, é possível que o leitor não me creia, e, todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso julgue-o por si mesmo."

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quinta-feira, 11 de março de 2010

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